Marlène Jöbst
Butoh Body, quem é o meu corpo?
Antes do corpo – depois do corpo, quem é o meu corpo?
A dança butoh questiona o corpo de forma radical, buscando a autenticidade. O que é um corpo hoje? Uma imagen com músculos aparentes? Um organismo farmacêutico? Um consumidor de prazeres sensuais? Um dependente de extensão tecnológica?
Quem é o meu corpo? Pregunta que surge neste lugar especial, onde um é um e mil pessoas, aceito um momento de caos como guia na minha obscuridade interna. Questionar a minha dança, o meu corpo, o teu corpo e revelar a autêntica cruel beleza.
Butoh Body, quem é o meu corpo? É uma prática através e para a dança butoh.
Abrir o diálogo ao corpo, reconhecer a sua inteligência complexa, interregor as forças fundamentais do corpo, escutar memórias e emoções do corpo para poder ouvir o impensável do corpo, o desconhecido do corpo.
Bio · Marlène Jöbstl
Coreógrafa, bailarina, professora de dança, directora e actriz. Forma-se em arte teatral com Jacques Lecoq em Paris (1998) e com Philippe Gaulier em Londres (2000), estuda dramaturgia com Michel Azama (2001). Cria o seu primeiro solo LIMIT para o FIU de Salamanca. Durante esta criação encontra a dança Butoh com Yumiko Yoshioka (2002), e é uma revelação: Butoh coloca-se entre o teatro e a dança, um caminho artístico expressivo de liberdade cénica. Cria FEM. um solo influenciado pelo Butoh, tanto nos movimentos como na escritura poética. Continua a sua formação de dança Butoh em várias cidades do mundo como Tokyo, Berlin, Nova York, com Yoshito Ohno, Daisuke Yoshimoto, Atsushi Takenouchi. Cria vários solos e coreografias de grupo. Empurrada pelos seus mestres, Marlène começa a desenvolver a sua pedagogía desde 2007, com workshops regulares de dança butoh em Paris e Barcelona.
O seu propósito pedagógico é desenvolver no participante um sentido de cena, e permitir-lhe expressar a sua existência através de qualidades artísticas. É um convite a uma viagem em torno a vários temas, para explorar os espaços-tempos, descobrir as sombras dos corpos, os ritmos das matérias, as luzes das emoções. Este caminho é percorrido por cada participante ao seu próprio ritmo, respeitando os seus desejos e as suas possibilidades.